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Cem anos de rádio: para onde ele vai?

Cem anos de rádio: para onde ele vai?

Por Race Comunicação

Dia 7 de setembro não é somente o dia em que se celebra a Independência do Brasil, mas também a data que marca os cem anos de rádio no país. Ambas as datas, no entanto, estão ligadas. A chegada desse meio de comunicação se deu justamente por conta das comemorações do centenário da Independência. A operação de fato só veio em abril de 1923.

Nesses cem anos de rádio houve muitas mudanças – rádio pela internet no final dos anos 1990, por exemplo –  e até mesmo a sugestão  de que ele deixaria de existir foi especulada, mas a verdade é que o meio soube se adaptar e aprendeu a acompanhar o tempo.

O avanço na tecnologia permitiu com que o rádio alcançasse mais pessoas e chegasse a mais lugares. A chegada de smartphones – que se deu em 2007 no lançamento do primeiro Iphone da Apple – e a melhora da velocidade da internet fez com que houvesse novos caminhos a serem percorridos. Apocalipse do rádio? Não mesmo.

O que o futuro espera para o rádio?

A partir da internet, o avanço das rádios só aumentou: perfis nas principais redes sociais, telefones de contato pelos quais ouvintes podem encaminhar áudios e fotos, transmissões via YouTube – essa, mostrando um pouco dos bastidores da programação.

No entanto, essa não é a parada final. A verdade é que ainda há campos para desbravar e um deles é justamente o dos podcasts. Apesar muito populares atualmente, os podcasts não são novidade. Eles começaram em 2004, por meio de um termo cunhado por Adam Curry, ex-VJ da MTV dos EUA.

Foi Curry que começou a experimentar com o modelo que hoje, especialmente após a pandemia de COVID-19, ganhou o apreço do público. Em entrevista à Agência Brasil, o professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcelo Kischinhevsky diz que a ferramenta trouxe um senso de escolha ao ouvinte.

“Ele traz na primeira onda uma expectativa de uma liberação do ouvinte no sentido de que todo mundo poderia escolher quando e o que iria ouvir”.

Esse que hoje é usado até por celebridades e alcança picos de sucesso, como foi o caso de A Mulher da Casa Abandonada, podcast do jornal Folha de S. Paulo e disponibilizado por meio do Spotify que narra a história de uma misteriosa mulher que vive numa mansão abandonada de Higienópolis, em São Paulo, do jornalista Chico Felitti, quase deixou de existir em 2008.

Considerado “antes do tempo” para a época por necessitar de conexões mais velozes e dispositivos que atendessem às suas demandas, foi preciso esperar a chegada de plataformas como Deezer e Spotify para que o podcast deslanchasse de vez e caísse de fato no gosto do público tornando-se o sucesso que é hoje.

Quem pensa, no entanto, que surge com isso um novo concorrente ao rádio, se engana. Ele é apenas mais um canal por onde é possível acessar conteúdos, com o benefício de ser possível separar em nichos ultra especializados. Não à toa, as rádios estão testando ao máximo suas possibilidades com ele.

Nisso, o rádio encontra não um substituto ou sucessor, mas um aliado, permitindo que o meio de comunicação aniversariante se ramifique e evolua, indo além dos conteúdos apresentados ao vivo. Isso porque, ao contrário do que pode parecer, o rádio é atemporal.

As evoluções vistas com a melhora da tecnologia tendem a modificar cada vez mais o que conhecemos como rádio. E não é porque ele se transforma que irá morrer. Na verdade, é justamente por se transformar que ainda teremos o seu ducenternário.

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