Assessoria de imprensa antes e depois da internet

Por Rogério Artoni

O trabalho de assessoria de imprensa nasceu no início do século 20 com a atuação de Ivy Lee. Ele foi um jornalista consagrado e que assinou contrato com o milionário John D. Rockefeller Jr para melhorar a sua imagem e de suas empresas, que naquele período tinha vários problemas de reputação junto aos mais diversos stakeholders.

Esta história é conhecida por muita gente e de lá para cá muitas coisas mudaram, principalmente com a chegada da internet. Mas como era o dia a dia das empresas de assessoria de imprensa antes da popularização da internet, e-mail e até mesmo das redes sociais?

Imagine um tempo onde não existiam os computadores… então tudo era feito em máquina de escrever. Algumas assessorias mais modernas já tinham telex e transmitiam seus press releases por esse dispositivo. Um grande amigo, Dinho Leme, me disse certa vez que em seu escritório tinha essa tecnologia. Com algumas máquinas destas funcionando a todo vapor era possível enviar o mesmo release para até 10 redações quase que simultaneamente. Algo inimaginável para a época e bastante obsoleto para os dias de hoje.

O envio de release, algo usado até demais pelas assessorias de hoje, era feito de forma impressa, ou melhor, datilografada e muitas vezes mimeografado e enviado um a um para as redações pelos office boys das empresas. Nesse período, por volta da década de 80, as assessorias de imprensa ainda eram muito mal vistas pelos jornalistas. Ainda hoje, há aqueles que consideram este trabalho como algo de um ‘subprofissional’.

Desta forma, o trabalho de conseguir uma boa publicação em estados distantes era feito apenas por telefone. Então feche os olhos e imagine uma redação com centenas de máquinas de escrever funcionando ao mesmo tempo, dezenas de telefones tocando, pautas importantes para serem fechadas e cheiro de cigarro no ar (sim, era muito comum as pessoas fumarem dentro das redações e em ambientes fechados).

Com o advento da internet, muitas coisas mudaram, para melhor e para pior. O lado bom foi a agilidade na comunicação entre os jornalistas, assessorias e seus assessorados. É possível fazer uma entrevista exclusiva por e-mail, ou por videoconferência; enviar as fotos que o jornalista necessita, mandar uma ótima sugestão de pauta e até mesmo enviar esclarecimentos praticamente em tempo real.

Contudo, o lado ruim é, sem dúvida, o volume de material que os jornalistas recebem. É impressionante. Desta forma, uma boa pauta enviada por e-mail, pode se perder na caixa de entrada e nunca ser publicada. Há também o número de assessorias que cresceu de forma exponencial.

Mas o trabalho de assessoria de imprensa, no fundo, não mudou. Desde seu início tem a função de levar informações relevantes e que realmente podem ser úteis para a população e assim ajudando os jornalistas com matérias mais completas, e também, auxiliando os clientes a terem suas informações divulgadas na imprensa.

* Rogério Artoni é diretor da Race Comunicação

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