Certamente você já deve ter ouvido falar sobre comunicação 360º. A comunicação é um segmento bastante mutável, com conceitos e estratégias significativamente efêmeros. Junto a isso, enfrentamos um processo em que agências especializadas em marketing, publicidade ou assessoria de imprensa ampliam o escopo para ganhar competitividade e passam a oferecer todos esses serviços de modo integrado.
Para isso, o plano estratégico tem a obrigação de ser integrado também, certo? Certo. É aí que surge este novo jargão (já não tão novo assim) que resolve a questão e fornece diretrizes de como desbravar esses novos caminhos de forma certeira: a comunicação 360º.
Às vezes fica difícil acompanhar o surgimento de tantos novos conceitos, plataformas e metodologias, mas esse parece ser mais perene e bastante útil para pensar em como as empresas devem se comunicar explorando as mídias certas. A comunicação 360º compreende estruturar ações mais completas e capilarizadas, sem que isso signifique aumentos de budget. O custo de uma única inserção publicitária em uma emissora de televisão de grande audiência pode ser substituído por diversas ações que atingirão públicos distintos de forma mais estratégica – e barata.
Sempre que dou início a um planejamento de comunicação 360º, parto da metodologia PESO.
Desenvolvida pela Associação Internacional para Medição e Avaliação da Comunicação (AMEC), maior organização de inteligência e insights de mídia do mundo, trata-se do mais avançado sistema utilizado para alinhar estratégias de comunicação às metas das organizações de forma clara e objetiva. A partir dele, é possível mapear onde se encaixa o escopo contratado pelo cliente e delinear outras ações no sentido de explorar ao máximo todos esses tipos de mídia: Paid (paga), Earned (conquistada), Shared (compartilhada) e Owned (própria).
Essa imagem é bastante didática e funciona como uma espécie de “cardápio” de comunicação. Depois de imergir no segmento do cliente, definir quais são os objetivos do negócio e da comunicação, fica muito mais simples olhar para esse quadro e estruturar quais setores explorar. E, mesmo que o escopo compreenda apenas assessoria de imprensa (Earned), nada impede que o seu plano contemple também ações pontuais com influenciadores digitais (Earned/Shared) ou até mesmo branded content (Paid/Earned). Parta do pressuposto de que seu cliente quer se comunicar melhor, e nós somos os responsáveis por propor os caminhos para que isso aconteça.
Se o seu escopo compreender produção de conteúdo para blog, redes sociais, ação com influenciadores e assessoria de imprensa, voilà! Prato cheio. O planejamento pode – e deve – partir dessa metodologia para que as ações sejam pulverizadas e sigam as mesmas diretrizes, independente do tipo de mídia. É claro que cada meio terá os seus objetivos e públicos-alvo específicos, mas um pensamento 360º garante que os resultados de todas as ações tenham um ponto em comum: contribuir positivamente para as expectativas do negócio.
Por Amanda Lima