Por Vanessa Assis
A imagem da empresa é algo tão importante quanto sensível, e representá-la significa ser o “guardião” de sua boa reputação, tarefa que pode não ser tão simples, ainda mais quando se trata de lidar com a imprensa, ou, em uma hipótese pior, ter de lidar com uma crise de imagem.
Os porta-vozes das empresas possuem conhecimento técnico e prático sobre o funcionamento e valores da companhia, mas, infelizmente, por vezes, não há experiência para lidar com a pressão de falar para o público. Para que possam transmitir tais informações da melhor maneira possível existe o media training.
Um exemplo de como o media training é importante é o caso da empresa Barrila. Em 2013, o presidente da companhia (ou seja, pessoa com enorme experiência técnica sobre a organização) declarou à uma rádio que uma família gay jamais estrelaria uma campanha da marca, pois a empresa preferia a “família tradicional”. A repercussão gerou uma crise que envolveu boicote aos produtos e um pedido de desculpas. Mas o estrago poderia ter sido evitado.
Além de evitar que uma crise seja gerada por uma fala inadequada, saber se portar perante a imprensa se torna ainda mais essencial em casos de uma crise já existente, quando a imagem da companhia está comprometida. Faz parte de ter uma estratégia para amenizar os impactos, e pode ser crucial para reestruturar a reputação da empresa. O media training propõe aos porta-vozes que os esclarecimentos devem ser feitos de forma clara, sem exaltações e com apresentação de dados exatos, pois a interpretação incorreta de informações pode gerar uma crise ainda maior.
O treinamento de imprensa visa capacitar os representantes da empresa como porta-vozes, o que pressupõe melhorias em vários aspectos, como em perder o medo de falar ou evitar vícios de linguagem, o que deve e não deve ser dito e qual a postura adequada. Mas o principal objetivo é manter a imagem construída pela organização e ter sempre um bom relacionamento com a imprensa.