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O papel do assessor de imprensa no gerenciamento de crise de imagem

Por Leydiane Alves

Dentro de uma instituição, empresa ou entidade é importante manter a boa relação com os veículos de comunicação, sejam eles impressos, virtuais ou eletrônicos. Para essa comunicação ser eficaz e ter credibilidade, o papel do assessor de imprensa é fundamental. Pela qualidade e constância do trabalho do jornalista, ele tende a levar até a mídia a postura da empresa e melhorar sua imagem, seus valores perante a sociedade em si. Tornam pessoas, personalidades, empresas, órgãos públicos, a serem vistos e bem lembrados.

O papel da assessoria também é fundamental em momentos de crise, pois quando uma empresa enfrenta um grave problema, a sua reputação está em risco. Mais do que isso, os seus resultados financeiros podem ser afetados como a redução das vendas, perda do valor de mercado, falta de credibilidade, investimentos jogados fora, altas indenizações e multas. Nesse momento, a comunicação é uma das ferramentas mais importantes para proteger os interesses das empresas e trabalhar para que a imagem das instituições seja recuperada. Por isso, o trabalho da assessoria de imprensa é peça fundamental para gerenciar a crise e talvez até solucionar o problema ou fazer com que ele seja esquecido.

A crise dentro de empresas e instituições acontece cada dia de forma mais veloz e constante. Se ontem era uma empresa farmacêutica com credibilidade, amanhã um erro na fabricação de um remédio pode atingir milhares de pessoas e colocar o nome da marca na lama, fazendo com que a empresa caia no descrédito. Mas, às vezes, nem é preciso errar para que se tenha o nome manchado publicamente. O escritor Mário Rosa traz o exemplo da Escola de Base, que ficou tragicamente marcada como um episódio de destruição de imagem pública, quando um delegado divulgou para a imprensa que crianças poderiam estar sendo abusadas sexualmente pelos donos do estabelecimento de ensino. Ficou claro mais tarde, que tudo não passava de uma grande mentira, já que ficou provado que os donos da escola não praticaram nenhum crime. A crise de imagem, porém, já havia se instalado e a vida e a reputação dos donos da escola foram destruídas.

Quando se está dentro de uma crise de imagem, sem saber direito como enfrentá-la, sem dispor de mecanismos para aferir sua evolução ou mensurar seus desdobramentos, é só aí, infelizmente, que muitos se dão conta que bem melhor teria sido agir antes, muito antes, para que aquele verdadeiro inferno não estivesse acontecendo.

É preciso ter a noção de que ninguém está imune às adversidades. Muitas vezes, os grandes desastres podem nascer de pequenos deslizes e qualquer erro, por menor que seja, pode tomar grandes proporções. No momento de crise, o executivo ou proprietário de determinada empresa ou marca não deve ter medo de recorrer a especialistas. A velocidade da solução é fundamental, pois rapidez e coragem podem fazer toda a diferença no meio de uma crise.

Mário Rosa fala também que o improviso e a falta de preparo costumam ser a semente das grandes crises. Nunca apostem na sorte, ter um plano de crise é fundamental. A palavra-chave do gerenciamento de crises, portanto, é prevenção. Adotar uma atitude preventiva significa, na prática, mapear as dificuldades que poderão surgir e definir soluções quando a cabeça não está quente, nem a pressão insuportável. Na hora da crise, o importante é lidar com o problema da forma mais adequada – e isso é muito mais fácil se houve planejamento prévio. Resumindo: Hora de crise é hora de agir – e não planejar. Planejamento se faz em tempos de normalidade. E quanto melhor for, melhor será a resposta quando a rotina for quebrada.

Um plano de gerenciamento de crises, sob a ótica da comunicação, é um conjunto de medidas, posturas, consensos capazes de fazer com que o sucesso de uma ação no lugar onde ocorreu uma situação adversa possa ser captada como tal. Segundo Rosa, a imagem transmitida por uma organização ou um líder numa situação de crise é tão ou mais importante do que suas ações, ou seja, o importante não é apenas o que você faz, mas principalmente como você faz.

 

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