Que tipo de informação pode virar notícia?

Por Lívia Caixeta

Nem tudo o que acontece dentro de uma empresa é notícia. Nem tudo o que imaginamos ser relevante é de interesse público, ou mesmo interessante aos veículos de imprensa. A análise para entendermos por que determinado assunto é noticiável e outro não exige que tenha-se conhecimento prévio a respeito das rotinas das redações.

No livro, “Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia”, Jorge Duarte comenta:

“O problema é que nem sempre o que sai na imprensa é o mais importante, do ponto de vista do interesse público. Muitas vezes, o interessante, mesmo que desimportante, merece mais espaço do que o importante, taxado de desinteressante” (DUARTE, Jorge, Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia, 2ª edição, Pág. 107)

A prospecção das informações de uma companhia está intimamente ligada a seu planejamento estratégico de comunicação. E este, por sua vez, precisa estar atento ao contexto social e econômico ao qual a empresa insere-se. É preciso ainda ter ciência, e estar preparado, para os desdobramentos que determinada informação venha a ter. Por isso, é preciso cautela ao divulgar dados de crescimentos (vendas, produção, expansão, etc.) e atentar-se ao contexto socioeconômico em que essa notícia será publicada.

Desta forma, em mais uma referência de Duarte, precisamos sempre refletir sobre a “importância” e o “interesse” na divulgação de notícias na imprensa.

“Compreender a diferença entre interesse e importância é o primeiro passo para conseguir entender o funcionamento de uma redação” (DUARTE, Jorge, Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia, 2ª edição, Pág. 107)

Também precisamos estar preparados para as negativas. Uma maneira de evitar que determinado assunto se perca é inseri-lo em um contexto “frio”, ou seja, que tenha uma “validade” prolongada. Assim, consegue-se um intervalo de tempo maior para o contato com as redações que podem se interessar pelo material em questão.

“É comum ouvirmos de um jornalista a frase: “o assunto é importante, mas não tem espaço no jornal para isso” Ou seja, não adianta apenas que o acontecimento seja importante, é fundamental que ele seja noticiável, do ponto de vista do interesse do jornal” (DUARTE, Jorge, Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia, 2ª edição, Pág. 114)

Outro aspecto muito importante no momento de enviar uma informação é a avaliação a respeito da linha editorial dos veículos focos:

“Cada redação de cada veículo guarda características próprias que tornam quase impossível um trabalho de aproximação da realidade” (DUARTE, Jorge, Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia, 2ª edição, Pág. 119)

* Lívia Caixeta é Diretora da Race Comunicação

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